Finda-se o ano corrente, mas não chegamos ao fim de nossa maior epopeia que é esse convívio inusitado com um inimigo invisível da pior espécie, um verdadeiro Cavalo de Troia com que fomos “contemplados” – um “presente de grego” como dizemos popularmente.
Gerações anteriores enfrentaram guerras de outra natureza, primitivas, mano a mano, de combates frontais perfurantes e explosivos que deixavam rastros visíveis de destruição, de escombros e buracos negros fumegantes. E pensávamos que se avizinharia uma terceira guerra mundial, desta feita uma nuclear. Não estávamos tão errados assim: a guerra que nos acomete agora é também nuclear, atinge o núcleo de nossas células, o núcleo de nossas famílias, o núcleo da sociedade, o núcleo de nossa existência, o núcleo da economia mundial.
Um inimigo traiçoeiro, inteligentemente programado para chegar como quem não quer nada, sorrateiro, que vem nos “comendo pelas beiradas”. Apesar de todo esse quadro negativo em que nos encontramos hoje – e o futuro resgate ainda é muito incerto – há algo em nosso
âmago que não se deixa vencer: o nosso instinto de sobrevivência. E esse instinto também é nuclear, é central para o ser humano, que se traduz em luta aguerrida por dias melhores. O mundo profissional continua em sua luta firme voltada para o progresso pessoal, para a vitória
de nosso país e do mundo como um todo sobre esse mal que (ainda) nos assola. Mas não será por muito tempo. É o que desejo a todos os colegas de trabalho, colegas de todas as categorias profissionais que continuam em sua brava batalha diária por um lugar ao sol e por um Brasil ainda melhor.