Para bem se comunicar, é preciso observar dois princípios básicos da redação: coesão e coerência. Um texto bem construído precisa ter começo, meio e fim como toda boa história: isso é coesão. E esses três pilares precisam rumar para o mesmo fim: isso é coerência. E o fim é comunicar, é conquistar por meio de uma ideia bem exposta e esclarecida, que traga alguma mensagem coerentemente elaborada e, de preferência, em bom estilo e linguagem apropriada. E a tarefa do tradutor é transpor para uma outra língua todo esse arcabouço e perceber o registro do texto, ou seja, a intenção do texto e seu estilo, é saber discernir, inclusive, jogos de palavras, metáforas (sempre tão instrutivas) e a atmosfera que envolve o texto em questão. Traduzir é comunicar e trazer à baila, e para um maior número de pessoas, temas que contribuem para o engrandecimento (ou mesmo divertimento, por que não?) do ser humano, sempre à busca de novos horizontes de expectativa. O tradutor é como a metáfora: é transporte para além, do grego meta, que significa “para”, e pherein, “levar”. Levar para outra esfera, seja ela semântica, seja ela linguística. É sempre comunicar.